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Goiás é pouco transparente na divulgação de dados sobre coronavírus, diz estudo Análise foi realizada pela instituição Open Knowledge Brasil (OKBR). Goiás está na antepenúltim
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Publicado em 03/04/2020

Estudo realizado pela OKBR (Open Knowledge Brasil) coloca Goiás entre os estados brasileiros menos transparentes na divulgação de dados relacionados à pandemia do coronavírus. Goiás está na antepenúltima posição do ranking de transparência, empatado com Acre.

 

A análise, divulgada nesta sexta (3), conclui que 90% dos estados e o governo federal não tornam públicos dados que possibilitem o acompanhamento em detalhes da epidemia do novo coronavírus no país.

 

As autoridades não apresentam, por exemplo, dados básicos sobre quantidade de testes disponíveis. Somente o Tocantins, segundo a OKBR, divulga essa informação – o estado também é um dos que mostram quantos testes foram realizados. Os exames de detecção da Covid-19 têm sido um dos pontos centrais da discussão sobre a doença. Países que testam em massa sua população estão conseguindo isolar os casos confirmados e, assim, evitar uma maior detecção.

 

O acesso a dados tem sido um desafio à parte na epidemia brasileira. Na terça, a reportagem perguntou ao Ministério da Saúde quantos testes para Covid-19 foram feitos no país até a presente data. Após uma negativa inicial, a assessoria da pasta afirmou que levantaria os dados e até o momento não enviou resposta.

 

Nas secretarias estaduais de saúde a situação não é muito diferente. Como mostra o levantamento da OKBR, mais de 80% dos estados não possuem dados abertos (que possam ser baixados e filtrados de diferentes formas) e apresentam as informações a partir de boletins diários sobre a doença. Até mesmo informações sobre os municípios onde ocorrem os casos e mortes não são disponibilizados pelo governo federal e por três unidades federativas.

 

O levantamento também revela que nenhum ente federativo apresenta o número de leitos ocupados pelo coronavírus, informação essencial para a análise da situação da epidemia no país.

 

Casos mais graves da Covid-19 precisam de hospitalização e uso de máquinas para ajudar na respiração do paciente. Dependendo do número de pessoas que precisam do auxílio ao mesmo tempo, o sistema de saúde não suporta e pacientes acabam desassistidos, o que leva a mortes. Por isso a importância de saber sobre a capacidade ocupada de leitos e UTIs. A análise da OKBR levou à criação de um Índice de Transparência da Covid-19, que, por sua vez, deu origem a um ranking, liderado por Pernambuco, dos estados mais transparentes na divulgação de dados sobre a doença.

 

Para a criação do índice, a organização levou em conta ítens como informações básicas como idade, sexo, status de atendimento, doenças associadas, ocupação de leitos, e testes disponíveis e aplicados, , considerando quais seriam os dados mínimos que poderiam ser oferecidos.

 

A OKBR também considerou a granularidade das informações –ou seja, de modo geral, o quanto os dados estão detalhados. Por fim, foi analisado o formato de apresentação dos dados disponíveis.

 

Todas as unidades federativas foram procuradas para se posicionar sobre a transparência de dados. Somente Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão e Santa Catarina.

 

O levantamento foi feito com base em informações disponíveis na manhã de 2 de abril. O ranking do Índice de Transparência da Covid-19 será atualizado semanalmente.

 

1 – Pernambuco – Nível alto de transparência

2- Ceará – bom

3 – Rio de Janeiro – bom

4 – Tocantins – médio

5 – Minas Gerais – médio

6 – Maranhão e Mato Grosso do Sul – médio

7 – Roraima – médio

8 – Rio Grande do Sul e Governo Federal – baixo

9 – Alagoas e Bahia – baixo

10 – Mato Grosso e São Paulo – baixo

11 – Rio Grande do Norte – baixo

12 – Distrito Federal e Piauí – baixo

13 – Amazonas – baixo

14 – Acre e Goiás – baixo

15 – Amapá, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe- opaco

16 – Pará e Rondônia – opaco

(Alguns estados aparecem empatados pela pontuação atribuída aos critérios de classificação da OFBR)

 

Com informações da agência Folhapress.

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