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Celso Amorim fala em “desordem total” e alerta para risco de conflito na América do Sul
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 07/11/2025 10:07
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Assessor internacional de Lula expressa preocupação com ofensiva dos EUA sobre a Venezuela

O assessor especial para assuntos internacionais do Planalto, Celso Amorim, afirmou que o cenário global vive um momento de “desordem total”.

 

O diplomata, ex-chanceler dos governos Lula, demonstrou apreensão com o aumento da presença militar norte-americana no Caribe e o risco de novos conflitos no continente sul-americano.

 

Amorim citou as recentes conversas entre Lula e Donald Trump, uma por telefone e outra presencial, mas reconheceu que “o problema vai além disso”.

 

Segundo ele, a atual polarização e o uso de termos como “narcoterrorismo” podem servir de justificativa para intervenções militares.

 

 

“O mundo está em desordem total. Essa divisão pode justificar ataques que, de outra forma, não ocorreriam. Tudo isso é muito preocupante”, afirmou Amorim.

 

Apesar da instabilidade externa, o conselheiro de Lula tentou reforçar que o Brasil segue “consolidando a democracia internamente” e mantém relevância diplomática.

 

Questionado sobre uma possível mediação brasileira no impasse entre Washington e Caracas, ele foi cauteloso:

 

“O Brasil não tem que ser mediador. Lula apenas ofereceu a ideia para mostrar saídas. Mas só há mediação quando as partes querem.”

 

 

Amorim duvida que os EUA aceitem o Brasil como interlocutor, apontando divisões dentro do governo Trump e uma linha mais dura do Departamento de Estado.

 

Nesta semana, Trump afirmou que “os dias de Nicolás Maduro estão contados”, mas negou planos de uma guerra aberta.

 

Amorim também destacou iniciativas recentes do Grupo da Paz, formado por Brasil e China, que tenta promover negociações de cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Para ele, “a paz é indivisível”:

 

“Não se pode querer paz na Europa enquanto há risco de conflito na América do Sul. Tudo se comunica.”

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