
Senador acusa PT de transformar CPI do INSS em “samba” e alerta para risco de impunidade
Após o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) ironizar o depoimento do ex-ministro Onyx Lorenzoni à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com um pagode cujo refrão diz “todo mundo erra”, nesta quinta-feira (6), o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), reagiu.
Para o senador, “esse é o PT, que faz com que tudo termine em samba” e defendeu que o colegiado cumpra seu papel de investigação e “não termine em pizza”.
“Nós, presidente, temos uma responsabilidade de não permitir que eles consigam terminar essa CPI em pizza. Eu confio em Vossa Excelência, confio no relator e no trabalho que está sendo feito. O que nós não podemos é permitir que esse processo se transforme em mais uma encenação para livrar culpados”, disse.
Marinho criticou a postura de parlamentares governistas e afirmou que o PT tenta desviar o foco da investigação e acusou a sigla de omissão diante das denúncias de descontos ilegais em benefícios de aposentados.
“O Partido dos Trabalhadores dormiu em berço esplêndido. Nada fez, nenhuma ação foi implementada. Pelo contrário, meteram o Pé na Jaca, aceleraram, como um bando de piranhas que foram em busca de um boi ferido. E se refestelaram com o dinheiro fácil que subtraíram dos aposentados brasileiros.”
O senador também afirmou que associar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao esquema investigado é “ferir de morte a verdade”.
A canção foi usada por Pimenta para ironizar a fala de Onyx e, segundo ele, simboliza o comportamento de políticos que “pedem desculpas” após escândalos. O deputado destacou que as regras da Previdência foram afrouxadas durante o governo Bolsonaro, o que teria permitido os descontos indevidos nas contas de aposentados e pensionistas investigados pela CPMI.
O ex-ministro, por sua vez, chegou a rir da situação, mas depois defendeu sua gestão e negou qualquer envolvimento com irregularidades. Ele também rebateu as acusações de que seu filho, Pietro Lorenzoni, teria se beneficiado do esquema, afirmando que “tudo foi feito dentro da legalidade”.
