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Professora, que defende o uso de pedra para desarmar bandido com fuzil, e delegado batem boca sobre operações no Rio durante entrevista ao vivo
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 03/11/2025 14:00
Últimas Notícias

 

O confronto entre a professora Jaqueline Muniz e o delegado Palumbo expôs duas visões opostas sobre o papel da polícia no Rio de Janeiro.

 

O debate aconteceu no canal do apresentador Paulo Mathias, após a operação nos morros da Penha e do Alemão, marcada por críticas à estratégia e à condução das ações.

 

Durante o debate, que rapidamente ganhou tom de embate, Jaqueline argumentou que muitas operações são mal planejadas e colocam agentes em desvantagem tática.

 

Ela afirma que faltam estrutura, preparo e critérios técnicos na definição das missões.

 

“Não dá para colocar um policial sozinho, sem visada de 360º, com arma na mão, num território acidentado como o do Alemão. Operações exigem planejamento e superioridade de meios. A polícia não é chuchu que dá em cerca.

Palumbo rebateu as críticas e defendeu a atuação das forças policiais. O delegado afirmou que as equipes enfrentam imprevisibilidade e risco constante em campo.

 

“Quando a gente vai cumprir uma operação, não sabe o que vai vir. Pode ser um drone com uma bomba, uma emboscada. A senhora fala de soberania, mas em várias comunidades o Estado não entra. Isso é uma afronta à soberania”, afirmou.

O delegado também criticou o que chamou de “teorização excessiva” sobre segurança pública.

 

“É difícil discutir quando se fala só de método e número. Enquanto isso, os policiais estão morrendo no morro”, disse.

Apesar das interrupções e do tom acalorado, o apresentador Paulo Mathias tentou intermediar o diálogo.

 

​​Antes do encerramento, o delegado voltou a criticar o discurso da professora. Ele afirmou que Jaqueline entende de teoria, mas desconhece a realidade do trabalho policial nas comunidades.

 

“Você não tem a menor noção do que é subir o morro. Fica cagando regra aí”, disse Palumbo, encerrando o debate em clima de tensão no estúdio.

O delegado Palumbo comentou sobre a megaoperação no Rio de Janeiro em entrevista exclusiva ao canal da Brasil Paralelo.

 

 

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O que foi a megaoperação no Rio de Janeiro?

A megaoperação realizada na última terça-feira (28) mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e cumpriu 160 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). O objetivo era conter o avanço da facção na zona norte da capital.

 

Durante a ação, houve resistência armada, explosões e até ataques com drones, que lançaram bombas contra os policiais. O saldo inicial divulgado pelo governo estadual foi de 64 mortos, entre eles quatro policiais.

 

Segundo a Defensoria Pública do Rio, o número chegou a 132, com 128 civis e quatro agentes.

 

Moradores relataram tiroteios intensos e fuga de criminosos por rotas alternativas. Nas redes sociais, surgiram vídeos mostrando homens armados se preparando para o confronto horas antes do início da operação.

 

O saldo e as reações

Além das mortes, a operação deixou 12 policiais baleados, quatro deles mortos, e resultou em 81 prisões. A cidade viveu um dia de paralisia: escolas suspenderam aulas, comércios fecharam e ruas ficaram vazias.

 

O caso ainda está sob apuração. O governo estadual e o Ministério Público devem avaliar se houve falha no sigilo da operação ou simples previsibilidade diante da mobilização de tropas.

 

Por enquanto, o que se sabe é que a ação expôs novamente a complexidade do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, onde cada avanço da polícia traz, junto, novas perguntas sobre segurança, estratégia e controle.

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