
Pesquisas recentes vêm investigando se sexo frequente pode realmente ajudar a prevenir o câncer de próstata, e os resultados chamam atenção. Estudos sugerem que homens que têm relações sexuais ou se masturbam frequentemente apresentam menor risco de desenvolver a doença.
 
 
 
Cientistas da Universidade de Boston acompanharam quase 32 mil homens ao longo de 18 anos para analisar a relação entre frequência de ejaculação e a doença. Homens entre 20 e 29 anos que ejaculavam 21 vezes por mês (cerca de cinco vezes por semana) tinham um terço menos chance de desenvolver câncer de próstata do que aqueles que o faziam de quatro a sete vezes mensais. Entre 40 e 49 anos, a probabilidade era 32% menor.
 
“Descobrimos que homens com maior frequência ejaculatória apresentaram menor risco de diagnóstico posterior da doença”, disse a pesquisadora Jennifer Rider, da Universidade de Boston.
 
 
Os resultados indicam um possível efeito protetor da ejaculação regular, talvez porque ela ajude a eliminar substâncias potencialmente prejudiciais da próstata. Um estudo australiano chegou a conclusões semelhantes.
 
 
Apesar dos dados promissores, os especialistas alertam que as evidências ainda não são conclusivas. Ou seja, embora não haja contraindicação para uma vida sexual ativa, o tema requer mais pesquisas.
 
 
Câncer de próstata: fatores de risco, sintomas e tratamento
O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, afetando um em cada oito ao longo da vida. Só no Reino Unido, cerca de 63 mil casos são diagnosticados por ano, e aproximadamente 12 mil homens morrem em decorrência da enfermidade. Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente conhecidas, fatores como idade acima de 50 anos, obesidade, histórico familiar e ser negro aumentam o risco — e, em geral, não podem ser modificados.
 
 
O câncer de próstata costuma ser silencioso em seus estágios iniciais. Quando os sintomas aparecem, podem incluir vontade frequente de urinar, dificuldade para iniciar o fluxo e sensação de bexiga sempre cheia. Em casos avançados, o tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e terapia hormonal — medidas que podem afetar a função sexual e urinária.
