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Governadores de direita se reúnem com Cláudio Castro em apoio a megaoperação no RJ
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 30/10/2025 18:19
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 Em meio à crise de segurança pública no Rio de Janeiro e à repercussão da megaoperação policial que resultou na morte de mais de 100 pessoas, os governadores de perfil conservador se reunirão nesta quinta-feira (30), às 18h, com o governador Cláudio Castro (PL), no Palácio Guanabara. O encontro tem como objetivo demonstrar apoio político ao fluminense e debater estratégias para o enfrentamento ao crime organizado.

 

Confirmaram presença os governadores Jorginho Mello (PL-SC), que organizou o encontro, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

 

 

A reunião ocorre dois dias após a Operação Contenção, considerada a mais letal da história do estado, com 132 mortos confirmados — entre eles, quatro policiais. A ofensiva policial, que teve como alvo o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, gerou forte repercussão e polarização política. Castro classificou a ação como “um sucesso”.

 

Além da demonstração de solidariedade, os governadores devem reforçar a crítica à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, defendida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta visa unificar o comando das polícias sob coordenação federal. Os chefes estaduais, no entanto, apontam risco de perda de autonomia e rejeitam a medida.

 

A proposta tramita no Congresso Nacional, mas enfrenta resistência dos governadores ligados à oposição. Até o momento, porém, os críticos ainda não apresentaram uma contraproposta consensual para reestruturar a segurança pública.

 

 

A agenda, que em princípio é institucional, também tem leitura política. A presença de nomes cotados para disputar cargos nacionais em 2026, como Zema e Caiado, sinaliza que o tema da segurança pública será um dos principais eixos da campanha eleitoral daqui a dois anos.

 

A reunião desta quinta acontece num momento de desgaste para o governador do Rio, que se tornou alvo de questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), do Ministério Público Federal (MPF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Todos pedem esclarecimentos sobre a legalidade da operação policial.

 

 

Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pautou para o dia 4 de novembro o julgamento de um pedido de cassação do mandato de Castro, por supostas irregularidades em sua campanha à reeleição.

 

Em resposta aos questionamentos, Castro reforça que a operação foi “efetiva” no combate às facções criminosas e afirma que o Rio de Janeiro está “sozinho na guerra” contra o crime organizado, acusando o governo federal de omissão e de não oferecer apoio logístico e militar.

 

 

Com o aumento da criminalidade, o avanço das facções e o crescimento das milícias, o tema da segurança pública volta a ocupar o centro do debate político nacional. Para analistas, a pauta tende a ganhar ainda mais espaço nos discursos eleitorais de 2026, especialmente em candidaturas de direita.

 

 

A presença dos governadores no Rio de Janeiro é vista por interlocutores como o início da articulação de uma frente conservadora que tentará capitalizar politicamente a insatisfação popular com a segurança, enquanto pressiona o governo Lula por mudanças na condução da política criminal.

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