O Senado analisa nesta terça-feira (23), Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 18, de 2020 que trata do adiamento das eleições municipais. A mudança na data do pleito já tem interferido no jogo político. Partidos e pré-candidatos têm traçado diferentes estratégias por conta da possibilidade de alteração de outros prazos do calendário eleitoral, como as que se referem às convenções partidárias.
O relator da mencionada PEC, senador Weverton Rocha (PDT-MA), deve apresentar o texto na sessão desta terça. Há consenso quanto à mudança de data e inviabilidade da votação nos dois turnos, antes programada para 4 de outubro e 25 de novembro.
A dúvida no momento é o fechamento das datas do primeiro e do segundo turno entre novembro e dezembro. A questão do adiamento da data [do primeiro turno] para 15 de novembro é praticamente certa. A dúvida persiste em relação ao segundo turno: 29 de novembro ou em 6 de dezembro.
A alteração nas datas já tem interferido no jogo político. O prefeito Iris Rezende aguarda a definição da data das eleições para decidir se vai ou não se candidato em 2020.
Nos bastidores, a avaliação é de que o adiamento possibilite uma possível passagem do momento mais crítico da pandemia, assim como permita o encerramento de obras que não seriam entregues antes da votação, o que poderia aumentar o capital político da atual gestão diante das urnas.
No lado da oposição, pré-candidatos ouvidos pela reportagem destacaram que a mudança é favorável, pois o eleitor ainda não está aberto para ouvir questões relativas a campanha político-partidária, por conta dos efeitos da Covid-19, na área da Saúde e na Economia. Com o adiamento será possível passar pelo período mais crítico e iniciar a campanha em outro momento.
Samuel straioto
Do Mais Goiás | Em: 23/06/2020 às 11:50:22