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Veja bastidores da saída prematura de Carlos Wizard do governo
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Publicado em 08/06/2020

O peixe morreu pela boca. É essa a avaliação de interlocutores do Palácio do Planalto sobre a desistência de Carlos Wizard de assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde.

 

Na avaliação de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o “erro” que impossibilitou que o empresário fosse empossado nesta segunda-feira (8), como estava planejado, foi a crítica direta que o empresário fez a municípios e estados sobre registros irregulares de mortes, e não a afirmação de que o governo faria a recontagem de mortos pela Covid-19, como mostrou a coluna. O Brasil já contabiliza mais de 37.312 vítimas pela doença.

 

A avaliação do Palácio é que o ministro interiro na Saúde, Eduardo Pazuello, já estaria próximo de “apaziguar” os ânimos com os secretários da Saúde estaduais, que não tinham uma boa relação com seu antecessor no cargo, Nelson Teich. Esse cenário, no entanto, mudou de uma hora para outra, após as declarações de Wizard à coluna.

Wizard disse na sexta-feira (5) que “tinha muita gente morrendo por outras causas e os gestores públicos, puramente por interesse de ter um orçamento maior nos seus municípios, nos seus estados, colocavam todo mundo como Covid. Estamos revendo esses óbitos”.

 

No sábado, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota em repúdio a declarações de Wizard e disse que ele tentava deixar “invisíveis” as vítimas da Covid-19.

 

Do Agência O Globo | Em: 08/06/2020 às 18:08:15

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