Em reunião que aconteceu no fim da tarde desta terça-feira no Palácio Guanabara, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse a todo o seu secretariado que não renunciará. Na manhã de hoje, agentes da Polícia Federal foram à residência dele para cumprir mandado de busca e apreensão.
Witzel diz que está sendo perseguido pelo presidente Jair Bolsonaro, que, horas depois da operação, parabenizou a PF. O governador afirmou também que entenderia se algum secretário preferisse deixar o governo agora, pois sabe que é um momento difícil. Todas as pessoas presentes ficaram em silêncio.
A operação deflagrada nesta terça se destina a apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública em decorrência do coronavírus, no Rio de Janeiro.
Segundo nota divulgada pela PF, “elementos de prova obtidos durante investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal foram compartilhados com a Procuradoria-Geral no bojo de investigação em curso no Superior Tribunal de Justiça e apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio de Janeiro”.
Do Agência O Globo | Em: 26/05/2020 às 19:12:56