A secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte, perdeu um dos seus primeiros nomeados. O secretário especial adjunto, Pedro José Vilar Godoy Horta, foi exonerado do cargo. A demissão, publicada em edição extra do Diário Oficial de sexta-feira, 15, traz a assinatura do ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto. Um substituto ainda não anunciado.
Regina havia nomeado Pedro Horta como chefe de gabinete no dia 6 de março, dois dias após ter assumido o comando da pasta. Ele se tornou secretário especial adjunto já no fim de abril. Antes de entrar na pasta, Horta, nascido em 1971, comandava o departamento comercial da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Ele já foi secretário parlamentar e advogado de Celso Russomanno, candidado a deputado e a vereador e professor de direito constitucional.
Críticas a Regina
A exoneração se dá em um contexto de duras críticas à secretária de Cultura pela classe artística, após Regina ter minimizado tortura e mortes na ditadura e cantado jingle da Copa de 1970 ao vivo, em entrevista à CNN Brasil, no dia 7.
Regina também não tem agradado ao presidente Jair Bolsonaro. Eles fizeram uma reunião, no dia último dia 6, após o governo renomear para a presidência da Funarte o maestro Dante Mantoavani, afastado do cargo logo após a posse da nova secretária. No fim do dia, a nomeação foi suspensa, mas o gesto foi visto no governo como um processo de “fritura” de Regina.
Como revelou o Estadão, Bolsonaro está incomodado com a ausência de Regina em Brasília e acredita que a secretária é suscetível ao setor “todo de esquerda”. Já a secretária se sente desprestigiada e pressionada pela “ala ideológica” do governo.
Joao Paulo Alexandre
Do Mais Goiás | Em: 16/05/2020 às 13:46:00