
Laudo da PF aponta necessidade de procedimento hospitalar
Em nota divulgada neste domingo (21), a equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que ele precisará ser internado para a realização de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral. O procedimento ainda não tem data definida.
O comunicado é assinado pelo cirurgião-geral Cláudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique. Segundo os médicos, exames indicaram que parte do intestino se projeta para fora da parede abdominal durante a manobra de Valsalva, que aumenta a pressão interna do abdômen. Diante do quadro, será necessária uma herniorrafia inguinal bilateral.
Durante o período de internação, também está previsto um procedimento para tentar controlar as crises de soluços enfrentadas por Bolsonaro. “Considerando a presença de soluços persistentes e refratários ao tratamento medicamentoso instituído, está programada, durante o período de internação hospitalar, a realização de bloqueio anestésico do nervo frênico, com a finalidade de atenuar as crises de soluços”, diz a nota médica.
De acordo com laudo da Polícia Federal, Bolsonaro apresenta soluços incoercíveis com frequência de até 40 episódios por minuto. A perícia concluiu que a cirurgia deve ser realizada “o mais breve possível”, embora tenha classificado o procedimento como eletivo.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal. A defesa vinha solicitando autorização para a realização das cirurgias, que só foi concedida após a conclusão do laudo pericial, por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.