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Havaianas sai perdendo com propaganda
Publicado em 22/12/2025 13:04
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Programa Alive aponta reação do público, fechamento de comentários e boicote após campanha

A campanha da Havaianas estrelada por Fernanda Torres voltou ao centro do debate político nesta segunda-feira (22), durante o programa Alive, apresentado por Júlia Lucy no YouTube. Ao comentar a repercussão do comercial, Lucy levantou questionamentos sobre o contexto político da marca e as reações observadas nas redes sociais.

 

Júlia Lucy afirmou que uma das executivas da Havaianas integra o grupo de empresários do chamado “conselhão” criado pelo presidente Lula. Segundo ela, esse dado precisa ser considerado na leitura do episódio. “Uma das donas da Havaianas participa do conselhão do governo Lula”, disse.

 

A apresentadora relatou que buscou o vídeo da campanha no Instagram da empresa e não encontrou a peça no feed principal. “Eu procurei no Instagram da empresa e não achei mais a propaganda da Fernanda Torres”, afirmou. Em seguida, disse que o conteúdo continuava disponível em outra área da plataforma, mas com restrições. “Eles mantiveram no Reels, mas trancaram os comentários”, declarou.

 

Para Lucy, a decisão ocorreu após o início de uma mobilização espontânea de consumidores. “Imediatamente começou uma campanha de boicote”, afirmou. Ela também questionou a legitimidade desse tipo de reação. “Será que está errado quando o público decide se posicionar e boicotar uma empresa em virtude do seu posicionamento político?”, perguntou.

 

 

A analista Carol Sponza confirmou que o fechamento dos comentários ocorreu no post principal da campanha. “Até ontem à noite o post estava lá, mas eles fecharam os comentários justamente desse conteúdo que estava explodindo”, disse. Segundo ela, as críticas migraram para outras publicações da marca. “Os comentários foram parar em outros posts fixados”, afirmou.

 

Carol destacou que o episódio ocorre às vésperas do Natal, período estratégico para as vendas. “Havaianas é um presente acessível, comum no Natal. Os franqueados, sim, podem ter problema nas vendas”, disse. Ela também mencionou o código de conduta da empresa. “O próprio código afirma que a empresa não exerce atividade política e mantém decisões isentas de preferências ideológicas”, declarou.

 

O analista internacional Marcos Degaut afirmou que o conteúdo da campanha não foi casual. “Não existe coincidência. O que existe é método”, disse. Para ele, a peça publicitária contém mensagens direcionadas. “Esse vídeo é repleto de códigos e de mensagens”, afirmou.

 

Degaut avaliou que a repercussão foi maior do que o esperado pela empresa. “Foi um tiro no pé. O mercado não perdoa”, disse. Segundo ele, a reação ampliou o alcance da crítica. “A amplitude dada pelo boicote foi muito maior do que teria sido sem esse ponto ideológico”, declarou.

 

 

O analista econômico Ary Alcântara também comentou o episódio e afirmou que associar marcas a disputas políticas tende a gerar prejuízo. “Misturar mercado com ideologia não funciona”, disse. Para ele, o foco empresarial deveria estar no produto. “O mercado responde quando política entra no lugar do negócio”, afirmou.

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