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Acordo UE-Mercosul ‘não pode ser assinado’, afirma Macron
Publicado em 18/12/2025 13:03
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Presidente francês condiciona apoio ao acordo a mais garantias ao setor agrícola

Emmanuel Macron afirmou nesta manhã (18) que a França não apoiará o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul sem mais salvaguardas para os agricultores do país.

 

“Quero dizer aos nossos agricultores, que manifestam claramente a posição francesa desde o início: consideramos que as contas não fecham e que este acordo não pode ser assinado”, disse o presidente francês à imprensa, antes de reunião da cúpula da UE.

 

O acordo estava previsto para ser assinado oficialmente no próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu. Na véspera, Lula (PT) afirmou que, se o tratado não for fechado agora, “o Brasil não fará mais acordo” enquanto ele estiver na Presidência.

 

A França é um dos principais opositores do acordo, que é negociado há mais de 20 anos. Nos últimos meses, o governo francês passou a defender o adiamento da votação no bloco, em vez do veto direto.

 

Para a aprovação do acordo, é necessário o aval de ao menos 15 dos 27 países-membros, que representem 65% da população da UE. A posição de Macron persiste mesmo após o Parlamento Europeu aprovar salvaguardas voltadas principalmente à proteção do setor agrícola europeu.

 

Ontem (17), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reforçou críticas e disse que assinar o acordo sem garantias suficientes aos agricultores seria “prematuro”. De acordo com ela, seu país só apoiará o tratado com “adequadas garantias de reciprocidade” para o setor agrícola.

 

Se França e Itália votarem contra, o acordo perde a representatividade populacional exigida: a França concentra 15,2% da população da UE, a Itália 13,1% e a Polônia 8,1%, somando 36,4%. Nesse cenário, a votação pode sair de pauta e a assinatura do tratado fica inviabilizada.

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