
Vereador publica imagens do ex-presidente dormindo e afirma que quadro de saúde exige cuidados contínuos
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou, nesta sexta-feira (12), um vídeo nas redes sociais em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde 25 de novembro na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, aparece soluçando enquanto dorme.
Segundo Carlos, as imagens foram gravadas antes da prisão. “Eu não pretendia tornar público um vídeo que expõe meu pai em mais uma situação terrível, como os reflexos da facada que levou de antigo integrante do PSol — o fato exposto registrado antes da sua prisão arbitrária se faz necessário e me dilacera de forma que não sei explicar —, porque é doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente, quando estou com ele”, escreveu.
No vídeo, Bolsonaro usa fones de ouvido e parece adormecido, mas continua soluçando.
Carlos alerta para agravamento da saúde
O vereador afirmou que o pai sofre crises recorrentes de soluço desde o atentado de 2018, que resultaram em diversos procedimentos no intestino. Ele declarou que o ex-presidente “precisa de cuidados especiais 24 horas por dia” e que a condição “só piora”.
“Ele precisa de cuidados especiais 24 horas por dia, e sua condição só piora. Existem episódios muito mais graves do que os que aparecem neste vídeo, e eles representam risco real e imediato à sua vida”, disse Carlos.
Segundo ele, caso Bolsonaro “broncoaspirar por causa do refluxo constante, ele pode morrer com a crescente pressão sofrida paulatinamente nos últimos tempos”. Para Carlos, “sem cuidados médicos contínuos, acompanhamento ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada”.
Moraes determina perícia médica
A última cirurgia de Bolsonaro ocorreu em setembro, para remoção de lesões na pele. O procedimento foi feito pelo médico Claudio Birolini, responsável também por intervenções anteriores no intestino.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize perícia médica oficial em até 15 dias para avaliar se há necessidade de intervenção cirúrgica imediata, conforme pedido da defesa.