
Operação apreende navio que transportava petróleo sancionado da Venezuela e do Irã
Forças militares dos EUA interceptaram e apreenderam um navio petroleiro sancionado próximo à costa da Venezuela. Em evento com empresários na Casa Branca, Donald Trump afirmou que a apreensão de ontem (10) ocorreu “por uma boa razão”.
Em comunicado, a ditadura venezuelana classificou a ação como “roubo descarado”. O regime socialista de Maduro disse ainda que “defenderá sua soberania, seus recursos naturais e sua dignidade nacional com absoluta determinação” e que denunciará o caso a organismos internacionais.
Durante ato em Caracas, também ontem, Maduro criticou o “intervencionismo” dos EUA, sem mencionar diretamente o navio sancionado. “Da Venezuela, pedimos e exigimos o fim do intervencionismo ilegal e brutal dos Estados Unidos, basta de políticas de mudança de regime, golpes de Estado e invasões no mundo. ‘No more’ Vietnã. ‘No more’ Somália. ‘No more’ Iraque. ‘No more’ Afeganistão. ‘No more’ Líbia. Basta de guerras eternas e imperiais”, afirmou o autocrata.
Nas redes sociais, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, divulgou vídeo da operação e afirmou que a apreensão cumpriu mandado judicial porque o petroleiro estaria transportando petróleo sancionado da Venezuela e do Irã.
“Há vários anos, o navio-tanque está sob sanções dos Estados Unidos devido ao seu envolvimento em uma rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”, escreveu Bondi no X.
Segundo a CBS News, fontes anônimas afirmam que o petroleiro apreendido é o “The Skipper”, sancionado em 2022. Um repórter da emissora informou que o presidente dos EUA avalia realizar novas operações do tipo na região.
A apreensão do navio ocorre em meio ao reforço militar dos EUA no Caribe, que inclui um porta-aviões, caças e dezenas de milhares de soldados. Washington afirma que a mobilização integra a guerra de Trump contra os narcoterroristas da região, enquanto a ditadura venezuelana alega que o objetivo final seria derrubar Maduro.
