Resolução do partido ignora Flávio e define governador paulista como principal alvo
Uma resolução aprovada pela cúpula do PT convoca a militância a se mobilizar contra o que classifica como “fascismo” e extrema direita. O texto, concluído na noite de ontem (7), ignora a possível candidatura de Flávio Bolsonaro e direciona críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se destaca como principal interlocutor do projeto neoliberal e privatista, transformando São Paulo em um laboratório de redução do papel do Estado, de entrega de bens públicos e de enfrentamento ideológico ao governo federal”, afirma um dos trechos do documento.
A resolução tem 30 pontos e trata do início do período pré-eleitoral. O partido cita cenários externo e interno como justificativa para o “fortalecimento orgânico” da legenda. O texto relaciona a conjuntura brasileira ao avanço de forças da direita no exterior.
O documento também menciona a prisão de Jair Bolsonaro e de oficiais-generais como marco político e afirma que o bolsonarismo segue organizado no país. Segundo o PT, há disputa interna por hegemonia na direita.
A resolução faz críticas diretas ao Congresso Nacional, ao Centrão e ao uso de emendas parlamentares. O partido afirma que existe pressão sobre o Executivo e instabilidade na relação com o Legislativo.
O texto também destaca temas como segurança pública, transformação digital e aumento dos índices de feminicídio. A legenda defende ampliação da mobilização social nesses temas.
Ao final, o PT convoca atos nacionais no 8 de Janeiro. A data é citada como referência para o que o partido define como defesa da democracia.
A resolução reafirma a reeleição do presidente Lula como eixo central da estratégia eleitoral de 2026.
