
Governador mineiro será ouvido sobre atuação da Zema Financeira no consignado
A CPMI do INSS aprovou nesta quinta-feira (4) a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Ele foi citado em investigação sobre supostas vantagens envolvendo a Zema Financeira, empresa ligada à família do governador. O requerimento foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que afirmou que a instituição oferece empréstimos consignados e serviços de portabilidade a aposentados e pensionistas do INSS.
Correia declarou que o caso merece atenção da CPMI por envolver empresa pertencente ao Grupo Zema, do qual o governador é herdeiro e ex-administrador. A bancada do Novo classificou a convocação como perseguição, afirmando que Zema será “a pessoa mais honesta” a comparecer ao colegiado.
No debate do requerimento, o senador Rogério Marinho disse que o pedido é confuso e contraditório, afirmando que a justificativa se resume à oposição política no estado.
“Eu estava tentando extrair alguma coerência do requerimento, mas é algo confuso e contraditório. Se fizer um suco desse requerimento dá duas linhas, e as duas linhas falam ‘eu quero convocar o governador porque politicamente eu oposição à ele no meu estado’. Bom, primeiro eu quero explicar que como qualquer cidadão que exerce a função em cargo público, como o governador de estado, o Zema se afastou das empresas para assumir o governo”, disse Marinho.
A deputada federal Adriana Ventura afirmou que considera a convocação uma descortesia, citando que a transparência é diretriz do Novo e que Minas Gerais foi apontado pela CGU como o estado mais transparente do país. Ela mencionou decisão da ministra Rosa Weber sobre prerrogativas de chefes do Executivo, mas disse que Zema compareceria voluntariamente.
