
Uma nova morte por intoxicação por metanol foi confirmada em Pernambuco, elevando para 12 o total de óbitos no Brasil causados pelo consumo de bebidas adulteradas com a substância tóxica. O caso mais recente ocorreu em Salgueiro, no sertão pernambucano, e envolve duas irmãs que ingeriram uma bebida destilada falsificada.
Segundo o Governo de Pernambuco, a vítima fatal é uma mulher de 25 anos. A irmã dela, de 28, também foi intoxicada, mas sobreviveu após receber atendimento médico e tratamento com antídoto específico contra metanol. Com este registro, o estado soma cinco casos confirmados, sendo três mortes.
Com os novos dados, o número de mortes por intoxicação com metanol chega a 12 em todo o país — sendo oito em São Paulo, três em Pernambuco e uma no Paraná. As autoridades investigam a origem da bebida adulterada e possíveis responsáveis pela comercialização irregular do produto.
De acordo com o perito criminal Rafael Arruda, da Polícia Científica de Pernambuco, os exames laboratoriais confirmaram altas concentrações de metanol no sangue das vítimas.
“Na mulher que morreu, foram encontrados 258 miligramas por decilitro de metanol no sangue — cerca de 12 vezes acima do limite considerado seguro pela Sociedade Brasileira de Toxicologia. Infelizmente, não houve chances de sobrevivência”, explicou.
A paciente que sobreviveu apresentava níveis menores da substância (66,7 mg/dl), o que, segundo o perito, somado à agilidade no diagnóstico e ao uso rápido do antídoto, foi essencial para sua recuperação.
Além dos casos confirmados, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que há 83 notificações relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas desde o fim de setembro. Do total, 60 foram descartadas, 16 seguem em investigação, e quatro envolvem pacientes de outros estados, incluindo São Paulo, Paraíba e Alagoas.
