
A técnica de enfermagem Bárbara Valim da Silva, de 28 anos, morta a tiros pelo ex-companheiro no último sábado (18) dentro de um condomínio no Jardim Cerrado 6, em Goiânia, tinha uma medida protetiva contra o homem após já ter sido agredida por ele. O autor dos disparos foi preso em flagrante no mesmo dia do crime e, em vídeo divulgado pela polícia, confessou o crime relatando que tentou conversar com Bárbara, que se recusou. Ele disse que, saiu do condomínio, voltou e atirou na vítima.
“Eu fui lá tentar conversar com ela. Ela não quis. Tento conversar já tem tempo, mandei mensagem para ela, ela não aceitava. Pedi para ela tirar a medida protetiva, e ela não tirou. Aí fui lá hoje, tentei conversar e depois saí do condomínio. Não sei o que deu em mim, eu voltei para dentro do condomínio, ela estava em uma ligação, não sei com quem. Achei que ela estava ligando para a polícia, não sei o que ela estava falando. Tentei conversar, ela não aceitou, e na hora que eu vi, já tinha feito. Apertei e virei as costas”, contou o homem.
Durante audiência de custódia realizada no dia 19, o juiz decidiu manter o suspeito preso, citando o risco à ordem pública e a gravidade do crime, ocorrido mesmo com a medida protetiva em vigor.
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A jovem deixa dois filhos (Foto: Reprodução)
Bárbara deixa dois filhos, sendo um fruto do relacionamento com o autor do crime. Segundo amigos, ela planejava concluir a faculdade de fisioterapia e conciliava dois empregos para alcançar seus objetivos.
O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio e porte ilegal de arma de fogo. Ele possui passagens pela polícia por tráfico de drogas e furto.
