
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (21) o julgamento do grupo acusado de divulgar desinformação e ataques contra o processo eleitoral. A sessão será conduzida pela Primeira Turma da Corte.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo foi responsável por alimentar a narrativa de fraude nas urnas e incentivar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a contestar o resultado das eleições de 2022.
Moraes pede para STF marcar julgamento de ‘núcleo de desinformação’ da trama golpista
A PGR sustenta que os réus atuaram de forma coordenada para desacreditar o sistema eletrônico de votação, difundir teorias conspiratórias e promover atos antidemocráticos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos acusados na semana passada.
Os sete réus desse núcleo são o ex-major do Exército Ailton Barros, o major da reserva Angelo Denicoli, o engenheiro Carlos Rocha, o subtenente Giancarlo Rodrigues, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, o policial federal Marcelo Bormevet e o coronel Reginaldo Vieira de Abreu.
Segundo a investigação, o grupo usava transmissões ao vivo e publicações em redes sociais para espalhar informações falsas e convocar manifestações.
A PGR também aponta que Ângelo Denicoli e Guilherme Almeida teriam divulgado suspeitas sem provas sobre o sistema eleitoral. Denicoli e Reginaldo Abreu são acusados de tentar interferir no relatório do Ministério da Defesa sobre a votação, que não identificou fraudes.
Em setembro, o STF condenou Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Agora, o foco do julgamento é a responsabilização dos articuladores intelectuais e comunicacionais do movimento.
A expectativa é que os ministros acompanhem o voto do relator, Alexandre de Moraes, que defende a condenação por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação ao crime.
