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Ramon Dino, campeão do Mr. Olympia, pode perder mais da metade do prêmio em impostos
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 17/10/2025 13:08
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O brasileiro Ramon Dino entrou para a história ao conquistar, no fim de semana, o título da Classic Physique no Mr. Olympia 2025, superando o alemão Mike Sommerfeld. É a primeira vez que o Brasil vence a categoria mais concorrida do fisiculturismo. O prêmio foi de US$ 100 mil (cerca de R$ 550 mil).

 

A celebração, porém, vem com uma conta pesada. Segundo o advogado e estrategista tributário Alexandre Silva (Rebechi & Silva Advogados), por se tratar de rendimento recebido no exterior por residente no Brasil, o valor deve ser declarado aqui e tributado via carnê-leão, com alíquota que pode chegar a 27,5%.

 

 

Além disso, nos Estados Unidos a retenção sobre prêmios pagos a estrangeiros tende a ser de 30% na fonte. Considerando essa hipótese, o especialista estima o seguinte cenário:

 

US$ 100 mil (prêmio bruto)

 

US$ 30 mil retidos nos EUA (30%)

 

Sobre os US$ 70 mil restantes, incidiria a alíquota máxima de 27,5% no Brasil (US$ 19,25 mil)

 

Líquido aproximado: US$ 42,5 mil (cerca de R$ 234 mil)

 

“Anos de preparação para ver mais da metade do prêmio ser engolida pelo Leão”, resume Silva.

 

Compensação pode alterar o valor final

Na prática, o impacto efetivo pode variar conforme a possibilidade de compensar no Brasil o imposto pago no exterior, o que depende das regras de crédito tributário aplicáveis ao caso concreto e da documentação exigida pela Receita Federal. Sem tratado amplo Brasil-EUA, a compensação costuma ser limitada e requer comprovação formal do recolhimento fora do país.

 

 

 

Enquanto define o calendário de compromissos após o título, Ramon Dino volta ao país com a consagração esportiva — e com uma agenda tributária que, em cenários como o descrito por especialistas, pode consumir quase 57,5% do prêmio bruto.

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