
Os Correios fecharam o 1º semestre de 2025 com prejuízo de R$ 4,37 bilhões, três vezes o resultado negativo do mesmo período de 2024 (R$ 1,35 bi). Diante do rombo, a estatal prepara um plano de emergência para tentar reequilibrar as contas.
Segundo a companhia, o presidente Emmanoel Schmidt Rondon apresentará nesta quarta (15/10) a 1ª fase da reestruturação e um pacote de medidas imediatas de ajuste financeiro. A empresa busca apoio do governo federal para obter um empréstimo de cerca de R$ 20 bilhões — valor próximo ao faturamento anual de 2024 (R$ 18,9 bi).
No 2º trimestre de 2025, a receita bruta somou R$ 4,4 bilhões, queda nominal de 11,2% ante igual período do ano passado. Em nota, os Correios afirmam que, “apesar das medidas estratégicas”, enfrentam restrições financeiras por fatores conjunturais externos que afetaram a geração de receita.
A estatal cita como principal motivo a retração do segmento internacional, atribuída a alterações regulatórias nas compras de produtos importados, que reduziram o volume de postagens. A empresa também menciona aumento da concorrência, com impacto nas receitas ligadas a esse mercado.
O detalhamento das ações de reestruturação — e do eventual suporte do Tesouro ao pedido de financiamento — será apresentado após a divulgação do plano.
