
O governo dos Estados Unidos autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações clandestinas na Venezuela, segundo reportagem do The New York Times publicada nesta quarta-feira (15). Horas depois, o presidente Donald Trump confirmou a autorização, afirmando que Caracas “envia drogas e criminosos” aos EUA. Ele evitou responder se a inteligência americana teria aval aval para eliminar Nicolás Maduro: “Seria uma pergunta ridícula para eu responder. A Venezuela está sentindo a pressão”.
De acordo com o jornal, o pacote aprovado contempla ações letais e outras iniciativas de inteligência no Caribe, com eventuais alvos que podem incluir o governo venezuelano e estruturas associadas ao narcotráfico. Não há clareza sobre quando ou se alguma operação foi ou será executada.
A medida amplia a escalada de pressão de Washington contra Maduro, acusado pelos EUA de chefiar o Cartel de los Soles, rotulado recentemente como organização terrorista internacional ligada ao tráfico de drogas. No mês passado, a imprensa americana já havia noticiado que a Casa Branca avaliava operação militar com ataques a alvos venezuelanos.
O clima de tensão inclui, ainda, o envio de navios e aeronaves militares para o Caribe e a oferta de recompensa por informações que levem à captura do presidente venezuelano. Em geral, operações encobertas da CIA são comunicadas a portas fechadas a lideranças do Congresso, que ficam proibidas de divulgar detalhes. Casos vêm a público, como regra, após concluídos — a exemplo da ação que matou Osama bin Laden em 2011.
