
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu temporariamente o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), criado para acelerar a análise de pedidos e reduzir a fila por aposentadorias e auxílios. A decisão foi assinada pelo presidente do órgão, Gilberto Waller Jr., por falta de recursos.
Em ofício ao Ministério da Previdência, Waller solicita suplementação orçamentária de R$ 89,1 milhões para garantir a continuidade do programa. Enquanto a verba não chega, o INSS determinou que nenhuma nova tarefa seja concluída pela chamada “análise extraordinária” — mecanismo do PGB — e que processos pendentes ou em exigência retornem ao fluxo comum de tramitação.
O PGB remunera com um bônus servidores que superam a meta diária de análise e, segundo o instituto, ajudou a reduzir o tempo de concessão de benefícios. A versão atual do programa está em vigor desde 15 de abril de 2025.
A paralisação ocorre em meio a alta da fila do INSS: eram cerca de 2 milhões de requerimentos em dezembro de 2024; o volume chegou a 2,7 milhões em março e ficou em 2,6 milhões em agosto, conforme dados do Portal da Transparência.
Em nota, o INSS afirmou que a suspensão tem “caráter preventivo” e busca “preservar a integridade da execução do PGB, evitando impactos administrativos que decorreriam da continuidade das atividades sem a prévia recomposição de recursos e o devido empenho orçamentário”. O órgão diz trabalhar para obter a verba e retomar o programa “o mais rápido possível”.
