Em entrevista ao Vero Notícias, o senador Izalci Lucas (PL) fez uma declaração que movimentou os bastidores políticos de Brasília. Ao comentar o cenário eleitoral do Distrito Federal, o parlamentar afirmou que a chapa liderada pela vice-governadora Celina Leão (PP), tendo como vice o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, seria a preferida do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

“Em Brasília temos duas chapas: a de Flávio Dino e a de Moraes”, disse Izalci, numa frase curta, mas carregada de significado político.

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A declaração expõe um racha interno entre grupos da direita brasiliense, que agora se dividem entre diferentes polos de influência. Ao associar Celina Leão e Gustavo Rocha a Alexandre de Moraes, o senador sugere que parte da direita local estaria se aproximando de figuras ligadas ao Supremo Tribunal Federal — movimento visto com desconfiança por setores mais conservadores.

O ponto que reforça a leitura de Izalci é a relação próxima entre Gustavo Rocha e Alexandre de Moraes, construída há anos. Ambos atuaram juntos em São Paulo e mantêm uma relação de confiança desde então. Gustavo Rocha, além de ser hoje uma figura central no governo de Celina Leão, possui um **histórico de peso na política nacional.

Durante o governo de Michel Temer, Gustavo do Vale Rocha foi ministro dos Direitos Humanos, cargo que exerceu entre **abril de 2018 e janeiro de 2019. Antes disso, ocupou a função de subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil*, posição que lhe conferiu forte influência dentro do Palácio do Planalto. Essa trajetória consolidou sua reputação como um articulador habilidoso nos bastidores do poder.

Em 2024, já como chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha voltou aos holofotes em entrevistas e reuniões estratégicas, reafirmando seu papel de destaque na gestão local e reforçando laços políticos que, segundo Izalci, ultrapassam as fronteiras do DF.

De forma sutil, mas calculada, o senador do PL expõe o que muitos já comentam nos bastidores: a direita do Distrito Federal está fragmentada, e parte dela, segundo Izalci, atua sob a influência direta de ministros do Supremo — um cenário que promete tornar a disputa pelo Palácio do Buriti ainda mais acirrada.