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Governo Lula custeou cerca de 19 viagens da presidente da Contag
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 14/10/2025 13:14
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Registros oficiais de deslocamentos aéreos apontam que o governo federal arcou com ao menos 19 viagens de Vânia Marques, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), desde 2023. As agendas indicam participações em reuniões no Palácio do Planalto, fóruns setoriais e eventos ligados a políticas públicas, inclusive um encontro preparatório da COP30 em setembro, cujo trecho custou R$ 4.197.

 

Segundo os dados apresentados, o primeiro deslocamento ocorreu em junho de 2023 (Salvador–Brasília). Houve três viagens em 2023, quatro em 2024 e quatro neste ano. Vânia assumiu a presidência da Contag em 3 de abril (em substituição a Aristides Veras, irmão do deputado Carlos Veras (PT-PE)). Vinte dias depois, a PF deflagrou a Operação Sem Desconto, que apura descontos associativos não autorizados em benefícios do INSS. A Contag foi mencionada em discussões da CPMI do INSS, e a própria entidade apareceu em despachos administrativos de credenciamento — a defesa da confederação nega irregularidades.

 

 

Parlamentares da oposição afirmam que a Contag, historicamente alinhada ao PT, está entre as entidades que mais captaram recursos no ambiente associativo e cobram transparência sobre critérios, convites e fontes de custeio das viagens. Também questionam a participação de Vânia em conselhos e comitês federais, como instâncias do Minha Casa, Minha Vida, alegando “aparelhamento” de colegiados.

 

A Operação Sem Desconto (PF e CGU) identificou ampla ocorrência de descontos sem autorização em contracheques de aposentados e pensionistas; a CPMI do INSS atribuiu a parte das entidades envolvidas falhas graves de governança. Até aqui, não há decisão judicial transitada em julgado que responsabilize a Contag no caso. A confederação afirma que atua dentro da lei, com termos de adesão regulares, e que apoia a auditoria dos cadastros.

 

Procurados, o Palácio do Planalto, a Casa Civil e a Contag não responderam até a conclusão desta edição. A reportagem solicitou a planilha completa dos deslocamentos, com órgão demandante, objeto da missão, trechos, datas e valores, bem como as portarias que designaram a participação da dirigente em conselhos e comitês.

 

 

Próximos passos — Deputados da oposição informaram que apresentarão pedidos de informação e requerimentos ao TCU para auditar os gastos e os critérios de seleção de representantes da sociedade civil em colegiados federais. Integrantes do governo sustentam que a participação da Contag em conselhos é prevista em lei e que missões custeadas seguem normas de diárias e passagens com justificativa funcional.

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