
Em vídeo obtido com exclusividade pelo Mais Goiás, Rildo Soares, suposto serial killer de Rio Verde, suspeito de pelo menos 12 crimes em Goiás, exprime frieza ao confessar o feminicídio de Monara Pires Gouveia, 31 anos. Ele afirma na gravação que sabia que a vítima ainda estava viva enquanto incendiava a cama para matá-la. “Taquei fogo na cama box, ela ficou embaixo, se mexendo, né? Eu cheguei a ficar um tempo em cima, depois pulei e saí pelo canto e fui embora”, disse o suspeito.
A confissão ocorreu durante uma oitiva na Casa de Prisão Provisória (CPP), onde está detido desde 12 de setembro. Ele foi detido após ter sido reconhecido por um policial, ao retornar à cena de um dos crimes pelos quais responde, feminicídio de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos.
Para o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Rildo relatou ter estuprado Monara antes de golpeá-la e incendiar seu corpo. Laudo pericial confirmou os abusos. morte de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos.
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Imagem do Rildo no local do crime
Local da reconstituição da morte de Monara Gouveia (Divulgação PCGO)
Feminicídio de Monara
Segundo o delegado Adelson Candeo, Rildo alegou que matou Monara após ela ter furtado R$ 600 da sua casa durante uma limpeza, valor que ele disse ser para pagar o aluguel. “Ele disse que a encontrou um mês depois, levou-a a um terreno e a matou”, explicou Candeo. Em vídeo divulgado pela GIH, Rildo aparece relatando o crime: “Dei duas cacetadas nela. Ela caiu lá e eu coloquei fogo na cama box e aí saí correndo do local.”
O corpo foi encontrado nos fundos de um lote baldio no Bairro Popular, em Rio Verde, parcialmente consumido pelo fogo. A vítima vivia em situação de vulnerabilidade e, segundo moradores, estava em situação de rua nos últimos tempos, sendo vista principalmente no bairro Santo Agostinho.
Local onde o corpo foi encontrado
Local onde o corpo de Monara foi encontrado (Foto reprodução)
Monara era usuária de drogas e havia recolhido uma cama box descartada na rua, a qual passou a ocupar com frequência. Testemunhas relatam que ela permanecia no local durante todo o dia.
O caso segue sob investigação do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), que continua coletando provas e apurando possíveis outros crimes cometidos pelo suspeito, incluindo feminicídios, estupros e latrocínios.
