
O júri popular de Janildo Silva Magalhães, acusado de sequestrar, violentar sexualmente e matar a adolescente Amélia Vitória Oliveira de Jesus, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia, acontece na próxima terça-feira (7), às 8h30. O crime, que ficou conhecido como “caso Amélia”, foi cometido em 30 de novembro de 2023.
Presidido pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias, o julgamento acontece no Fórum Central de Aparecida de Goiânia, no setor Jardim Rio Grande. Não há previsão para o término. Ao todo, quatro testemunhas participam do júri.
Em dezembro daquele, o Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o homem por homicídio triplamente qualificado, cometido com asfixia e meio cruel, à traição e emboscada. Além disso, ele foi denunciado por sequestro e cárcere privado, agravados pelo fato de os crimes terem sido praticados contra menor de 18 anos e com fins libidinosos, bem como ocultação de cadáver e estupro.
Conforme a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, titular da 5ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, o homem sequestrou a vítima na tarde do dia 30, quando ela saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola, no Residencial Astória.
O crime contra Amélia Vitória
Os delegados Eduardo Rodovalho (GIH de Aparecida de Goiânia) e André Botesini (Regional de Aparecida de Goiânia/2ª DRP) destacaram que o acusado abordou de bicicleta a vítima no dia 30 de novembro e a violentou pela primeira vez em um matagal. Depois, ele andou mais de 6 km e ficou em um imóvel abandonado com ela, onde teria cometido abusos durante a noite.
Em seguida, já no dia 1º de dezembro, ele a matou por asfixia e voltou para a casa, pela manhã. Depois do primeiro abuso, ele teria levado a vítima na bicicleta, da Rua Sapucaia até a Rua Javaí, no Parque Atalaia, onde fica o imóvel abandonado.
As autoridades suspeitam que o homem tenha utilizado uma faca para ameaçar a vítima. Quando retornou para casa, ele pintou a bicicleta. Ele teria decidido levar o corpo para o local onde o mesmo foi encontrado, no sábado, após a mãe e irmã dele ficarem compadecidas.
Ainda segundo a Polícia Civil, a identificação foi possível graças a coleta de material genético das partes íntimas da vítima. O resultado foi recebido no último dia 4, coincidindo com um caso de 2017, em Rio Verde. Desta forma, o homem foi identificado como residente de Aparecida. Mãe e irmã revelaram que estavam desconfiadas com o comportamento do indivíduo. Aos agentes, ele negou e criou uma “história fantasiosa”.
Ele teve e prisão preventiva de abril de 2024 e segue detido.
