
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira, 1º, a visita do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
O pedido foi feito pela defesa de Bolsonaro e aceito pelo relator dos inquéritos que envolvem o ex-mandatário. A visita deve ocorrer ainda nesta segunda, até as 18h. De acordo com as regras impostas por Moraes, o veículo de Lira passará por revista antes do encontro.
Bolsonaro está em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares impostas anteriormente. O ex-presidente já era obrigado a usar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa durante a noite e fins de semana, e estava proibido de utilizar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. A prisão foi decretada após ele participar, por videoconferência, de um ato pró-anistia no dia 3 de agosto, em transmissão divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Nesta segunda-feira, o ex-presidente também recebeu a visita da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Mais cedo, ela deixou o local após revista do veículo pela Polícia Penal do Distrito Federal, procedimento determinado por Moraes.
De acordo com as normas do STF, apenas familiares podem visitar Bolsonaro sem autorização prévia. No caso de políticos e aliados, é necessário aval judicial. Até o momento, apenas um pedido foi negado: o do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), barrado por ser investigado em inquérito sigiloso em tramitação na Corte.
