
Um vídeo mostra a paraquedista Karina Sampaio Silva, de 35 anos, momentos antes do acidente com salto que a deixou em estado grave em Anápolis. A gravação, cedida pela Skydive Cerrado, mostra o interior da aeronave e o clima de aventura em que se encontravam os alunos do curso de paraquedismo. Vestida com equipamento completo — capacete, óculos de proteção e paraquedas —, Karina chega a responder ao instrutor que estava pronta para o salto. O acidente ocorreu momentos depois, durante o exercício com o qual a estudante finalizaria seu treinamento.
Ela segue internada em estado grave no Hospital Estadual Dr. Henrique Santillo (Heana), embora o prognóstico seja considerado positivo. Para o diretor da empresa de saltos, Allander Rodrigues Durigon, a aluna perdeu a consciência ao sair do avião. Vídeos que circulam nas redes sociais mostra a aventureira sem controle do equipamento, que abriu com mecanismo de emergência e amorteceu a queda. “Nosso piloto percebeu que algo estava errado e acionou a equipe de resgate, o que garantiu atendimento imediato e transporte à unidade hospitalar”.
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Durigon reforça que o que exames iniciais realizados no hospital não apontaram fraturas graves. “Apenas uma lesão em uma vértebra lombar, sem risco à medula e sem necessidade de cirurgia”. Segundo o hospital, Karina foi entubada logo quando deu entrada e permanece sob ventilação mecânica, sedação contínua e acompanhamento das equipes de Neurocirurgia e Cirurgia Geral. Exames detalhados, porém, revelaram um quadro de politraumatismo. “A paciente apresenta quadro de politrauma, com traumatismo cranioencefálico grave”, indica o hospital.
Protocolos de segurança
O diretor ressaltou que a Skydive Cerrado atua há 20 anos em Anápolis sem registros de acidentes fatais. “Temos protocolos de segurança sólidos e, dessa vez, foram utilizados plenamente. O saldo tende a ser positivo e acreditamos que teremos um final feliz, se Deus quiser”, afirmou.
Durigon ainda destacou que, após garantir a assistência imediata à atleta e à família, a empresa vai analisar os procedimentos técnicos para entender o que causou o incidente e reforçar medidas de segurança. “Vamos estudar o fato, ver os vídeos e sistematizar procedimentos para que isso não mais aconteça”, disse.
