
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (10) que o país “não tem outra alternativa” a não ser “terminar o trabalho e derrotar o Hamas”. Em entrevista a jornalistas, ele disse que o objetivo “não é ocupar Gaza”, mas “libertá-la do terrorismo” do grupo extremista.
De acordo com Netanyahu, o plano de ocupação da Faixa de Gaza será colocado em prática “muito em breve”, começando pela Cidade de Gaza, principal centro urbano do território palestino controlado pelo Hamas.
“O cronograma que estabelecemos para a ação é bastante rápido. Queremos, antes de tudo, permitir que zonas seguras sejam estabelecidas para que a população civil da Cidade de Gaza possa sair. Esta é a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de encerrá-la rapidamente”, declarou.
Ao ser questionado sobre mortes de palestinos por fome, além das vítimas dos ataques, o premiê negou reconhecer que isso esteja ocorrendo. Ele afirmou que fotos divulgadas de crianças em estado de extrema magreza não comprovam a existência de crise humanitária no território. Dados oficiais apontam que 193 pessoas já morreram por fome ou desnutrição na Faixa de Gaza.
Apesar da negativa, Netanyahu disse que “gostaria” de abrir mais centros de distribuição de alimentos e corredores de ajuda humanitária. Desde 5 de agosto, Israel permite a entrada gradual e controlada de mercadorias em Gaza por meio de comerciantes locais.
