
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Rafael Lara Martins, apresentou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um conjunto de propostas da advocacia goiana voltadas ao aprimoramento da prestação jurisdicional no Estado. As sugestões foram discutidas durante reunião virtual com o desembargador Arnoldo Camanho de Assis, coordenador da equipe de correição do CNJ, realizada na terça-feira (30).
Durante a reunião, Rafael Lara apresentou quatro demandas da advocacia, sendo três relativas ao 1º grau e uma ao 2º grau de jurisdição. Entre os principais pontos destacados no 1º grau estão: a dificuldade dos advogados em despachar com magistrados tanto de forma presencial quanto pelo balcão virtual; a prática de “despachos balão”, que são decisões genéricas proferidas apenas para movimentar processos; e a lentidão nas centrais vinculadas à Diretoria de Processamento Eletrônico (DPE).
No 2º grau, a crítica estava relacionada ao desrespeito a reuniões previamente agendadas por advogados com desembargadores, que são frequentemente ignoradas, com decisões proferidas antes mesmo do encontro acontecer.
“Precisamos, Excelência, ressaltar que a advocacia tem buscado, de forma institucional e respeitosa, contribuir para o aperfeiçoamento da Justiça em Goiás. A interlocução com o Poder Judiciário local tem sido uma ferramenta fundamental e muito útil para avanços e melhoria na prestação jurisdicional”, afirmou Rafael Lara.
O encontro ocorreu em razão da inspeção ordinária que o CNJ iniciará no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a partir da próxima terça-feira (5). A inspeção visa avaliar a regularidade administrativa e jurisdicional do tribunal. A convite do órgão, a OAB-GO colaborou com a identificação de pontos críticos enfrentados no cotidiano forense.
