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62% dos brasileiros rejeitam reeleição de Lula em 2026; apoio ao presidente desaba, mostra Quaest
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 03/04/2025 12:55
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A ideia de um quarto mandato para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está empolgando o eleitorado. Pelo contrário: 62% dos brasileiros são contra uma nova candidatura de Lula à Presidência da República em 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (3). Trata-se do maior índice de rejeição à ideia desde o início do terceiro mandato — e um recado direto ao Planalto de que a paciência coletiva está no limite.

 

Em dezembro do ano passado, 52% dos entrevistados já diziam que o presidente não deveria tentar reeleição. Agora, esse número subiu dez pontos percentuais. Enquanto isso, os que ainda apoiam a ideia de Lula concorrer a mais um mandato caíram de 45% para 35% — um tombo que deveria preocupar até o mais otimista dos marqueteiros do governo.

 

 

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

O dado é apenas mais um sintoma da fadiga política que parece contaminar a base eleitoral de Lula. Eleito em 2022 como promessa de estabilidade e reconstrução, o presidente agora lida com frustração generalizada, inflação renitente, uma base parlamentar volátil e uma articulação política que, se melhorou, ninguém percebeu.

 

 

A rejeição à reeleição não é só uma questão de idade ou de tempo no poder. É uma resposta direta ao desempenho do governo, que até agora tem se notabilizado por priorizar discursos simbólicos, viagens internacionais com apelo midiático e promessas que empacam no Congresso — ou no próprio gabinete.

 

Em um país onde o salário real derrete, o preço da comida assusta e a segurança pública afunda, a imagem de Lula como líder confiável está sendo corroída pela realidade.

 

 

O número acende um alerta no PT, que ainda trata a possível candidatura de Lula como natural. Mas o eleitorado parece não compartilhar da mesma convicção. O desgaste acelerado pode empurrar o partido para um dilema de sucessão antecipada, em um cenário onde não há um nome claro para herdar o projeto — e tampouco entusiasmo popular por mais quatro anos da mesma fórmula.

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