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Governo avalia elevar mistura de etanol na gasolina para 30% ainda em 2025
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 18/03/2025 13:13
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O governo federal deve analisar ainda este ano a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% (E30). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a apresentação dos resultados de um estudo do Instituto Mauá de Tecnologia, em Brasília.

 

“Os testes mostraram que o E30 é viável economicamente e seguro para nossa frota. Ele não prejudica o desempenho dos veículos, ao contrário”, afirmou Silveira.

 

 

Segundo o ministro, a adoção do E30 reduzirá a necessidade de importação de gasolina e pode diminuir o preço do litro em até R$ 0,13. Em 2024, o Brasil importou 760 milhões de litros do combustível fóssil. Com a nova mistura, o país se tornaria autossuficiente e até exportaria gasolina.

 

Além disso, a mudança deve elevar a demanda por etanol em 1,5 bilhão de litros por ano, aproveitando a super safra de cana-de-açúcar e a crescente produção de etanol de milho.

 

 

Apesar dos benefícios econômicos e ambientais, Silveira destacou que a medida só será implementada se houver segurança quanto aos impactos no preço dos alimentos. A principal preocupação é que o aumento da demanda por etanol de milho encareça produtos como ração animal, afetando o custo da carne.

 

“Nós só vamos subir o E30 quando tivermos conforto com o preço dos alimentos”, garantiu o ministro.

 

 

O Instituto Mauá de Tecnologia testou o E30 em 16 veículos leves e 13 motocicletas, incluindo modelos carburados, híbridos e de diferentes períodos tecnológicos. Os experimentos analisaram partida a frio, aceleração e retomada de velocidade.

 

Os resultados indicaram que não houve impacto significativo no desempenho dos veículos. Apenas alguns modelos mais antigos apresentaram pequenas variações na aceleração, mas sem efeitos relevantes para a experiência do motorista.

 

 

“As diferenças existem porque são combustíveis distintos, mas não afetam a dirigibilidade no dia a dia”, explicou Luana Camargo, técnica do Instituto Mauá. 

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