O bilionário Elon Musk e o deputado norte-americano Rich McCormick intensificaram os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), levantou a possibilidade de que Moraes tenha bens nos Estados Unidos e sugeriu sanções financeiras contra ele. Já McCormick enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo medidas econômicas contra o magistrado.
Em uma postagem no X, Musk perguntou: “Moraes não possui propriedade na América?”. Em resposta, o comunicador brasileiro Paulo Figueiredo afirmou que não seria necessário, pois, caso Moraes fosse incluído na lista de Nacionais Especialmente Designados (SDN) dos EUA, “todas as instituições financeiras imediatamente fechariam suas contas bancárias, inclusive no Brasil”. O empresário reagiu à explicação com um curto “Interessante”.
A sigla SDN se refere a uma lista mantida pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos EUA, que impõe restrições a indivíduos e empresas, bloqueando seus ativos e impedindo transações com instituições financeiras americanas.
A discussão ganhou força depois que o deputado Rich McCormick enviou uma carta a Donald Trump e ao Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz, solicitando que o governo dos EUA adote sanções contra Moraes.
No documento, McCormick acusa o ministro de usar o Judiciário para “eliminar a oposição, proteger o presidente Lula e fraudar a eleição de 2026 antes mesmo que um único voto seja lançado”. Ele afirma ainda que “Moraes não é apenas um problema para o Brasil — ele é uma ameaça crescente para os Estados Unidos”, mencionando decisões contra redes sociais americanas, como X, Rumble e Truth Social.
O parlamentar defende que Trump utilize a Lei Global Magnitsky, que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos e atos antidemocráticos. “Se não fizermos nada, estaremos sinalizando que os Estados Unidos toleram a tirania judicial que ameaça não apenas a democracia do Brasil, mas também nossos próprios interesses nacionais”, escreveu McCormick.
