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O Brasil poderá sofrer um impacto bilionário com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. O anúncio oficial deve ocorrer nesta segunda-feira (10) e ameaça um dos setores mais estratégicos da economia brasileira, já que os EUA são o maior destino das exportações de aço do país.
A medida pode custar bilhões à indústria siderúrgica nacional, que exportou cerca de US$ 6 bilhões em aço para os EUA em 2024. No total, o comércio bilateral entre os dois países somou US$ 40,3 bilhões no ano passado, com os EUA figurando como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.
Risco de retração no setor siderúrgico brasileiro
O Brasil já enfrentou barreiras comerciais semelhantes em 2018, quando Trump impôs tarifas sobre o aço estrangeiro. Na época, as taxas foram convertidas em cotas de importação e, mais tarde, reduzidas em 2020. Agora, a nova rodada de restrições ameaça a competitividade da indústria nacional e pode levar a cortes de produção, redução de investimentos e demissões no setor.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já alertou para os riscos da medida, destacando que o aço brasileiro é essencial para a indústria americana, principalmente no setor energético, que depende de graus especiais de aço não produzidos nos EUA.
Setores brasileiros podem ser ainda mais atingidos
O aumento das tarifas pode gerar um efeito dominó em outros setores da economia brasileira, como o de alumínio, que também será taxado. Além disso, a decisão pode levar a uma redução da demanda por minério de ferro brasileiro, já que o aço produzido no país tem como base o insumo extraído da Vale.
Outro ponto de preocupação é que, ao encarecer as exportações brasileiras, Trump pode estimular os EUA a buscar fornecedores alternativos, como Canadá e México, que já tentam negociar isenções.
Governo brasileiro deve buscar reação
Diante do impacto potencial da medida, o governo brasileiro deve pressionar Washington por isenções, assim como fez em 2018. O Brasil pode argumentar que sua siderurgia não representa ameaça à indústria americana e que a relação comercial entre os dois países é equilibrada.
Caso não consiga reverter a decisão, o Brasil poderá adotar retaliações comerciais, ampliando uma disputa que já afeta outros parceiros dos EUA, como União Europeia e Canadá.
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