O Banco Central do Brasil, sob a presidência de Gabriel Galípolo, divulgou nesta terça-feira, 4, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), indicando que a inflação pode ultrapassar o teto da meta de 4,5% por seis meses consecutivos, de janeiro a junho. A partir de 2025, o descumprimento da meta será caracterizado quando a inflação superar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, em vez de ser avaliada apenas no fechamento do ano.
Na reunião da semana passada, o Copom elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. A ata reafirma a intenção de um novo aumento de 1 ponto percentual na reunião de março, mas não antecipa diretrizes para o encontro de maio. O documento enfatiza que “a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta estabelecida”.
O Copom destaca que o cenário inflacionário permanece complicado, com pressões provenientes de diversos fatores, incluindo a atividade econômica aquecida, expectativas de inflação desancoradas e riscos fiscais. O fortalecimento do dólar, impulsionado por incertezas internacionais, especialmente relacionadas às políticas econômicas dos Estados Unidos, também contribui para a elevação dos preços de bens importados.