Após negar apoio a Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo, em 5 de junho, Bolsonaro (PL) desautorizou aliados do PL a atuarem pelo goiano na disputa pela prefeitura de São Paulo. Nesta sexta-feira (14), o ex-presidente reafirmou apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e disse que fará chegar ao presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, que o partido deve permanecer unido – eles não podem se encontrar por decisão judicial.

“Meu nome, espero que seja usado para candidatos do meu partido ou de partidos aliados que estejamos apoiando. O Pablo Marçal me criticava muito até 2022 e, quando perdeu a oportunidade de disputar a presidência, passou a me apoiar. Não vou impedir ninguém de conversar com ele, mas apoio, nós vamos estar alinhados”, aponta para Nunes. A fala foi dada após um almoço com o prefeito de São Paulo, ao lado de seu indicado para a vice, o coronel Mello Araújo.

No começo do mês, Bolsonaro precisou desmentir o apoio a Marçal depois deles terem se encontrado e surgirem rumores. À época, ao O Globo, o ex-presidente afirmou que “já temos pré-candidatos, que são o prefeito Ricardo Nunes e o vice, que é o Melo Araújo. Não disse que não apoio o Nunes”.

Bolsonaro e Marçal se encontraram em 4 de junho e conversaram por cerca de uma hora, conforme o ex-presidente. Ao Metrópoles, ele afirmou que o goiano perguntou, de fato, sobre o apoio.

“Ele perguntou e eu disse que tinha compromisso com o atual prefeito e que jamais posso te apoiar. Disse também: se você for para o segundo turno contra o Boulos, todo mundo vai com você”, disse Bolsonaro. “Em nenhum momento falei que ia apoiá-lo.”

Anteriormente, Marçal tinha dito que não existia chance de Nunes receber esse apoio. “Bolsonaro é um cara que tem o princípio declarado, conservador, Nunes não tem nada parecido com isso. O que eu tenho certeza é que o PL, sim, quer de alguma forma estar na chapa tendo um vice, mas Bolsonaro tenho absoluta certeza que não apoiaria ele.”