O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como maior acionista da Petrobras, está prestes a receber um total de R$ 10 bilhões em dividendos da estatal. Esse montante inclui R$ 6 bilhões de dividendos extraordinários, além dos R$ 4 bilhões já previstos em dividendos ordinários. A decisão, que beneficia diretamente o caixa federal, foi confirmada após aprovação em assembleia geral de acionistas da companhia.

A União detém uma participação direta de 28,67% no capital social da Petrobras, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o BNDESPar possuindo, respectivamente, 1,04% e 6,90%. O influxo de recursos é um alívio para o governo, que busca aumentar a arrecadação para atender às metas do arcabouço fiscal.

Ontem, foi aprovado o pagamento de R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, que representam 50% dos R$ 43,9 bilhões em proventos extras retidos desde março. Na ocasião, a Petrobras havia anunciado que distribuiria apenas R$ 14,2 bilhões em dividendos ordinários, decisão que causou descontentamento entre os investidores e impactou negativamente o valor das ações da empresa na bolsa.

Os dividendos representam uma parcela do lucro da empresa distribuída aos seus acionistas. Após o anúncio inicial deste ano sobre o pagamento mínimo obrigatório, os papéis da companhia sofreram quedas significativas. No entanto, com a nova decisão de distribuir parte dos dividendos extraordinários, as ações começaram a mostrar recuperação. Por volta do meio dia, a ação preferencial da Petrobras registrou alta de 2,4%, enquanto a ação ordinária subiu 2,3% na bolsa.