Um cachorro foi morto com dois tiros neste domingo (7) no bairro Sítio do Recreio, no Setor das Chácaras, em Anápolis.
De acordo com Seliane Santos, presidente da Organização não governamental (ONG) SOS Animais Anápolis, essa não foi o primeiro cachorro assassinado neste mês em Anápolis; três cães foram mortos no bairro Flor do Cerrado; um envenenado, outro atropelado e outro morto a tiros.
Seliane disse também que Negão, como era chamado o animal, era um cachorro “comunitário”. Apesar de morar na rua, recebia cuidado de muitos.
Conforme relato de moradores, dois tiros acertaram diretamente a testa do Negão. Mesmo depois de ser atingido, o cachorro percorreu um longo caminho e deixou rastro de sangue.
O cão chegou à casa de um dos moradores ainda vivo, mas veio a óbito.
A presidente da ONG disse que a Polícia Militar ajuda no que pode com os crimes contra animais, porém a incidência de maus-tratos com bichos em Anápolis é muito grande. Diz também que o fato de a cidade não ter uma delegacia do meio ambiente especializada em maus-tratos favorece a impunidade.
“Não é primeira vez que me deparo com casos assim. Isso em Anápolis vem se tornando cada vez mais rotineiro. Já lidei com animais esfaqueados, espancados, animais que levaram tiro, recebemos pedidos diariamente sobre esse tipo de maus-tratos mas a frequência está cada vez maior”, lamenta Seliane.
No Instagram, a Rota Policial de Anápolis fez um apelo: “precisamos parar esses ‘animais humanos’ que atiram em cães inocentes nas ruas, denuncie!”.
Também no Instagram, a ONG se posicionou a respeito do crime: “O que um animal faz de tão grave a um ser humano, a não ser oferecer amor, amizade e lealdade? Eles não estão aqui para serem mortos, mal-tratados [sic] e jogados fora como sacos de lixo, eles são seres evoluídos, só estão aqui para amenizar a dor que você humano tanta causa! Queremos agradecer aos policiais militares, que prontamente averiguaram a crueldade cometida. A Justiça de Deus nunca falha!”
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira