Escolhido pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) para ocupar, em caráter interino, o cargo de secretário estadual de Segurança Pública, o delegado Alexandre Lourenço minimizou as críticas que a sua nomeação recebeu por parte da Polícia Militar. “Não posso exigir que gostem de mim. As instituições têm o direito de se manifestar”.
“Ninguém é unanimidade. O fato é que nós fomos designados para fazer um trabalho e e é isso que nós vamos fazer”, disse Lourenço com exclusividade à reportagem.
O Mais Goiás informou, minutos atrás, que três importantes associações ligadas à PM e ao Corpo de Bombeiros (Assof, Assego e ACS) devem divulgar, até o fim da tarde desta segunda-feira, nota em que criticam a escolha de um integrante da Polícia Civil para a função de secretário de Segurança Pública. O último ocupante do cargo, Rodney Miranda, caiu em função de denúncias de corrupção.
“O que percebemos é que os postos de decisão, no âmbito da Segurança Pública, são ocupados prioritariamente por delegados da Polícia Civil – ou da Polícia Federal, como foi o caso do ex-secretário [Rodney Miranda]. Essa situação nos preocupa. As outras áreas podem e devem contribuir com o planejamento estratégico e a estruturação de políticas na área de segurança pública e não ficarem relegadas apenas à execução, sem participação no processo decisório”, afirma o coronel Anésio Barbosa da Cruz Júnior, presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Assof).
Alexandre Bittencourt
Do Mais Goiás | Em: 08/06/2020 às 16:11:04
Tainá Borela
Do Mais Goiás | Em: 08/06/2020 às 16:11:04