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Farmácia que vendia medicamentos vencidos também fabricava fitoterápicos sem autorização
Polícia
Publicado em 13/05/2020

Além de adulterar embalagens para colocar medicamentos vencidos à venda, o dono de uma drogaria no Setor Leste Vila Nova, segundo a Polícia Civil, também estava fabricando produtos fitoterápicos sem autorização. Ele e o farmacêutico responsável pela drogaria foram presos e autuados em flagrante na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).

 

A Polícia Civil chegou até o local depois que a Vigilância Sanitária recebeu a denúncia de um cliente que, após comprar um medicamento, descobriu, na cartela que estava dentro da caixa, que o mesmo estava vencido.

Um homem e uma mulher analisam frascos de remédio e de matéria-prima em um laboratório

 

Policiais civis vistoriam laboratório da farmácia (Foto: Polícia Civil)

 

“Inicialmente nós fomos em duas drogarias, uma no Setor Bueno, e outra na Vila Canaã, mas não encontramos nenhuma irregularidade. Nesta da Vila Nova, porém, além dos medicamentos vencidos, e dos de tarja preta, que eram comercializados sem controle, nós descobrimos que, no subsolo, onde existia um laboratório de manipulação, produtos fitoterápicos estavam sendo fabricados e comercializados sem autorização”, descreveu o delegado Gylson Mariano Ferreira, titular da Decon.

 

A drogaria, ainda segundo o delegado, tinha autorização para manipular medicamentos que apresentassem a receita, mas jamais poderia fabricar produtos e depois colocá-los à venda. “Neste laboratório nós encontramos insumos e matéria-prima vencidos, e também frascos de produtos produzidos lá dentro, mas que não tinham o carimbo com a origem, ou seja, se alguém comprasse, usasse, e depois passasse mal, não encontraria, na embalagem, informações que pudessem indicar onde ele foi fabricado”.

 

A polícia trabalha agora no sentido de identificar quem estaria revendendo os medicamentos de uso controlado para o dono da drogaria, que, durante depoimento, entrou em várias contradições, e, segundo o delegado, não conseguiu explica a origem. Ele e o farmacêutico, que não tiveram os nomes, nem idades divulgados, foram autuados por adulteração de produtos destinados a fins medicinais, e crime contra a relação de consumo, delitos que, somados, tem pena que pode chegar a até 15 anos de reclusão.

 

Aulus Rincon

Do Mais Goiás | Em: 13/05/2020 às 14:05:41

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