Quatro suspeitos de contrair empréstimos em nome de terceiros foram presos em Goiânia. Segundo a polícia, eles estão envolvidos em golpes realizados contra instituições financeiras. Para conseguirem o dinheiro, segundo as investigações, os detidos usavam um “kit vítima”, composto por dados de terceiros obtidos de forma ilícita. Três homens e uma mulher foram encarcerados na última quarta-feira (6) após investigação da Polícia Civil constatar que a prática rendia cerca de R$ 20 mil por semana aos supostos estelionatários.
A investigação teve início a partir do relato de uma pessoa que teve informações pessoais roubadas. Segundo informou à polícia, os dados foram utilizados para a abertura de um conta bancária virtual, a qual era utilizada para que o grupo requeresse empréstimo de R$ 4 mil, em nome da vítima.
Assim, a Polícia Civil passou a monitorar as transações através de diligências cartorárias, o que resultou na identificação de um dos suspeitos. A Justiça já tinha um mandado de prisão em aberto contra ele. Com isso, investigadores conseguiram um endereço, onde encontraram outras três pessoas além dele.
Na casa, policiais encontraram documentos que comprovariam a existência da fraude praticada contra a vítima que denunciou o golpe. Lá, também coletaram indícios de que outras pessoas também poderiam ter sido vítimas do mesmo crime. Entre os itens estavam 13 pacotes de “kit vítima” que continham um chip de telefone, dados pessoais e um número de conta digital em nome das vítimas. Caso consumassem os golpes, dariam cerca de R$ 65 mil em prejuízos.
Esquema
Segundo a Polícia Civil, os estelionatários abriam um conta virtual, em seguida contratavam um empréstimo em uma instituição diferente no valor de até R$ 5 mil. O valor do empréstimo era transferido para a conta digital aberta. Os golpistas então realizavam transações, como transferências e pagamentos de boletos em favor de terceiros.
A polícia acredita que possa haver mais envolvidos no crime. Os presos foram interrogados e recolhidos à Delegacia de Capturas.
Eduardo Pinheiro
Do Mais Goiás | Em: 11/05/2020 às 09:35:52