Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
Em comparação com 40 países, Brasil está entre os 10 onde Covid-19 mais avança
Coronavírus
Publicado em 06/05/2020

Uma comparação da evolução da Covid-19 em 40 países, o Brasil está dentro daqueles 25% piores, onde o vírus avança mais rápido. Num recorte só com países da América do Sul, a epidemia brasileira é aquela com maior letalidade e a segunda que mais cresce. Os números são resultado de análise do grupo Nois, núcleo interdisciplinar de pesquisa que integra PUC-Rio, Fiocruz, USP e outras instituições.

 

Em estudo que avaliou o período de 14 de abril a 4 de maio, os cientistas avaliam que o Brasil foi mal sucedido em tentar frear sua epidemia do novo coronavírus, quando comparado com outros. Em média, entre essas duas datas, os países analisados conseguiram reduzir a taxa diária de aumento de casos de 4,3% para 1,6%. No mesmo período considerado (contagem a partir do 50º caso em cada país), o Brasil tinha taxa mais alta, 7,8%, e reduziu pouco, para 6,7%. Nesse período o número de casos brasileiros de Covid-19 quadruplicou.

 

Os países incluídos na análise global foram Alemanha, Austrália, Áustria, Bahrein, Bélgica, Brasil, Canadá, Catar, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Egito, Emirados Árabes, Eslovênia, Espanha, EUA, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Índia, Irã, Iraque, Islândia, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Líbano, Malásia, Noruega, Portugal, República Tcheca, Reino Unido, San Marino, Singapura, Suécia, Suíça e Tailândia.

 

Quando o Brasil é analisado do ponte de vista dos óbitos, o país também está entre os mais preocupantes da região.

 

“Nos dias 16, 17 e 28/04/2020, o Brasil foi o país com o maior crescimento na taxa de letalidade, o que mostra um aumento considerável do número de óbitos, caracterizando uma situação extremamente preocupante para o país”, afirma comunicado dos pesquisadores à imprensa.

 

No estudo os pesquisadores afirmam que os estados nordestinos, em média, conseguiram uma desaceleração mais intensa que os do Sudeste.

 

“Com exceção da região Nordeste, que apresentou leve queda na taxa de crescimento do número de casos confirmados, as outras regiões do Brasil (incluindo especificamente os estados do RJ e SP) tiveram taxas de crescimento relativamente estáveis ao longo das últimas três semanas, o que indica que o Brasil e suas regiões ainda não atingiram o pico de novos casos.”

 

O país entrou em maio já com uma tendência ruim. Com quase 53 mil casos já em 24 de abril, fim do período analisado pelo Nois anteriormente, a epidemia brasileira tomou um rumo pior que o do cenário pessimista, 40 mil, casos que havia sido projetado pelo Nois há um mês. O número total de casos nesta quarta-feira (6 de maio) já está em 114 mil.

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!