Professores temporários que foram demitidos da rede pública de ensino da Capital disseram há pouco, ao Mais Goiás, que o buzinaço contra o prefeito Iris Rezende (MDB) (marcado para 13 horas) foi reprimido pela Polícia Militar – que teria ameaçado punir os manifestantes que permanecessem em frente ao Paço Municipal. A professora Viviane Araújo e Silva, da Escola Ilarindo Estevão Souza, diz que a PM apreendeu o celular de uma das professoras e reteve dois dos quase 20 veículos que buzinavam no local, além de duas motos.
“Tudo indica que os dois carros e as duas motos que lideravam o cortejo vão pagar o pato”, lamenta Viviane, que fez parte de um grupo que se deslocou para as proximidades do Ministério Público Federal, próximo ao Paço, para aguardar o desdobramento da abordagem policial aos colegas. “Foi muito triste ver policiais nos tratando assim. A gente é professor e não merece passar por isso”. Nos dois carros que ainda estão no Paço, havia quatro pessoas.
Na terça-feira, Iris anunciou a suspensão de três mil contratos temporários na área da Educação com o argumento de que a prefeitura economizar dinheiro. A medida é válida não só para professores – que protestaram no buzinaço desta quarta -, mas também para servidores das secretarias de Saúde, Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e de Assistência Social (Semas). A prefeitura também suspendeu, em caráter temporário, a concessão de progressão funcional (horizontal e vertical) na carreira, de adicionais de incentivo à profissionalização, de titulação e aperfeiçoamento, titularidade e/ou correlatos, bem como os pagamentos de quaisquer diferenças na folha de pessoal, exceto acerto de contas.
Iris também decidiu suspender o pagamento de Indenização de Transporte, Auxílio Locomoção e Auxílio Transporte, exceto aos servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde. Gratificações de Atividade de Pesquisa também estão suspensas durante a pandemia do novo coronavírus.
Do Mais Goiás | Em: 15/04/2020 às 13:42:08