
Além do dinheiro, autoridades recolheram dólares, joias, relógios de luxo, veículos, armas e eletrônicos
A Polícia Federal (PF) divulgou nesta sexta-feira (14) um novo balanço da quarta fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na quinta-feira (13) para investigar fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo a corporação, foram apreendidos R$ 720 mil em espécie, US$ 72 mil, 23 relógios de luxo, 106 peças de joalheria, 43 veículos, 57 celulares, oito armas de fogo e 314 munições. Além disso, foram recolhidos cinco computadores, 21 notebooks, quatro tablets, dois smartwatches, sete HDs e oito pen drives.
A atualização surge um dia após a PF cumprir 63 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em 14 estados, resultando na prisão de oito pessoas, incluindo o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto.
Entre os outros presos da operação de quinta estão: Antônio Carlos Antunes Camilo, o Careca do INSS; Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT); Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Conafer; Cícero Marcelino de Souza Santos e Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, ligados à Conafer; André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS; e Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS, além de sua esposa, Thaisa Hoffmann.
Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da CONAFER não foi localizado em casa.
Outros alvos da operação incluem o ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira, que será monitorado com tornozeleira eletrônica, além do deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e do deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA), vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), entidade apontada como beneficiária do esquema.
Segundo a PF, o grupo realizava cobranças mensais indevidas nos benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização dos segurados, simulando filiações a associações inexistentes ou sem estrutura real.
A operação faz parte de uma série de ações iniciadas em abril, que já levaram o governo a devolver valores descontados indevidamente a mais de 4,8 milhões de aposentados e pensionistas.
