
Decisão de André Mendonça aponta atuação do empresário e risco de destruição de provas no esquema do INSS
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou novamente a prisão preventiva de Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS”.
A nova ordem foi expedida após a Corte identificar que o empresário seguia atuando no esquema investigado pela Operação Sem Desconto, mesmo após decisões judiciais anteriores.
De acordo com o STF, Antônio mantinha vínculos societários e contatos recentes com outros alvos da operação, entre eles o ex-procurador Virgílio Oliveira Filho e a esposa dele, Thaísa Hoffmann, presos nesta quinta-feira.
As investigações mostram que empresas controladas por Antônio continuaram sendo usadas para movimentar recursos em benefício do casal.
Conversas apreendidas pela investigação reforçam, segundo Mendonça, a “persistência delitiva” e o risco concreto de reiteração dos crimes.
Para o ministro, o trio estruturou um esquema sofisticado para desviar valores de aposentados e pensionistas, provocando prejuízo bilionário aos cofres públicos e aos beneficiários.
A decisão destaca que a prisão preventiva é necessária para impedir destruição de provas, interferência na investigação e continuidade das fraudes.
A Operação Sem Desconto apura um esquema de concessão irregular de descontos, consignados e vantagens ilícitas em contratos envolvendo servidores e intermediários ligados ao INSS.
