Operação Sem Desconto atinge nomeações da atual gestão

O escândalo dos descontos ilegais no INSS voltou a atingir o governo e deixando dúvidas de como têm sido as cobranças sobre a condução da autarquia e sobre as falhas de fiscalização que permitiram a expansão do esquema ao longo de diferentes gestões.

A crise ganhou novo fôlego com a prisão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, indicado pelo atual governo, e com a revelação de que acordos firmados com associações suspeitas continuaram válidos mesmo após alertas técnicos internos.

Ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto

Ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Foto: Divulgação/INSS

As irregularidades, que atravessam administrações petistas e não petistas, geraram prejuízo bilionário a aposentados e pensionistas.

Apesar de o Palácio do Planalto argumentar que o esquema começou muito antes da atual gestão, o caso pressiona Lula politicamente porque atinge um dos serviços mais sensíveis e simbólicos do Estado brasileiro: o pagamento de benefícios previdenciários.

Enquanto a operação avança e novas prisões ocorrem, o governo Lula tenta blindar a narrativa, reforçando que a apuração é técnica, comandada pelo STF e pela Polícia Federal, e que a atual gestão está cooperando integralmente.

O Planalto busca agora reorganizar a comunicação e acelerar medidas administrativas para demonstrar que está tomando o controle da situação.