
Apoio majoritário à medida ocorre em meio a debate no Congresso e após operação no Rio de Janeiro
Uma pesquisa nacional do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) revela que 72,8% dos brasileiros concordam que facções criminosas devem ser equiparadas a grupos terroristas. Outros 18,8% discordam, enquanto 8,4% não souberam ou preferiram não responder. Confira aqui.
De acordo com o estudo, o apoio à proposta é mais forte nas regiões Centro-Oeste (80,6%) e Sul (75,4%), e menor no Norte (64,8%).
A equiparação é mais defendida por homens (78,7%), pessoas entre 35 e 44 anos (76,8%) e evangélicos (79,6%).
Entre os eleitores que votaram em no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, 85,9% apoiam a medida. Entre os que escolheram o presidente Lula (PT), o índice é de 59,6%.
A proposta de equiparar facções criminosas a grupos terroristas ganhou destaque após a Operação Contenção, no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, que deixou 121 mortos (incluindo quatro policiais).
Declaração de Lula sobre traficantes
O Ibespe também investigou a repercussão da fala de Lula durante viagem à Indonésia, em 24 de outubro. Na ocasião, o petista afirmou que traficantes “são vítimas dos usuários também”, comentário que gerou críticas e o levou a se retratar no dia seguinte, alegando que a frase foi “mal colocada”.
Segundo a pesquisa, 43,6% dos entrevistados acreditam que o presidente apenas se confundiu, enquanto 38,3% entendem que ele realmente pensa dessa forma. Outros 18,1% não souberam ou não quiseram responder.
O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 10 de novembro de 2025, por telefone, com 1.010 pessoas de 16 anos ou mais em todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
