
Senador quer que Bukele detalhe plano que reduziu drasticamente criminalidade em El Salvador
O senador Magno Malta (PL-ES) apresentou requerimento para que Nayib Bukele, presidente de El Salvador, seja convidado a comparecer à CPI do Crime Organizado, mesmo que por “videoconferência”, para falar sobre o “plano de combate total às facções criminosas” implementado pelo salvarenho em seu país.
No pedido, o parlamentar destaca que o caso de El Salvado “constitui um dos mais notáveis e debatidos casos de reversão drástica dos índices de criminalidade no cenário internacional”.
“O país, que em 2015 registrava a impressionante marca de 107 homicídios por 100 mil habitantes, foi capaz de reduzir esse índice para 2,4 homicídios por 100 mil habitantes, segundo dados oficiais, tornando-se uma das nações mais seguras do continente americano”, afirma Malta no requerimento.
“A presença do Presidente de El Salvador, ainda que por videoconferência, contribuirá significativamente para subsidiar propostas legislativas e políticas públicas nacionais, à luz de experiências comparadas, fortalecendo o papel desta Comissão como espaço de diagnóstico, aprendizado e formulação de soluções eficazes e duradouras para o combate ao crime organizado no Brasil”.
Em outro requerimento, o senador propõe uma “diligência externa” em El Salvador de Bukele, visando a “coleta de informações, boas práticas e experiências legislativas que possam subsidiar o trabalho desta CPI e de futuras proposições legislativas relacionadas ao combate ao crime organizado no Brasil”.
Malta cita que a política de segurança implementada por Bukele, “denominada Plano de Controle Territorial permitiu a prisão, desde 2022, de cerca de 78 mil membros de facções criminosas, o fortalecimento da estrutura carcerária e o restabelecimento da presença do Estado em territórios antes dominados por grupos armados”.
Segundo o senador, “a visita incluirá reuniões com autoridades do governo salvadorenho, em especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), a megaprisão símbolo do plano de segurança, além de encontros com parlamentares e especialistas locais”.
